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Conteúdo de matriz africana ainda é exceção nas aulas de educação física escolar – Jornal da USP

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As respostas fornecidas pelos professores evidenciaram diversas barreiras para a implementação de uma educação intercultural. Apesar de estar presente nas diretrizes e bases da educação brasileira, sendo estabelecido pela Lei 10.639/03, o ensino do conteúdo de matriz africana nas aulas de Educação Física é bastante limitado.

O problema tem início já na formação dos docentes, visto que grande parte dos cursos na área não aborda o assunto ou o trata de maneira insuficiente. Mesmo durante o decorrer da carreira, o ambiente escolar dificilmente oferece oportunidades para os professores se aprofundarem no tema.

Todos os entrevistados tiveram interesse e aprenderam sobre a cultura africana e afro-brasileira de maneira voluntária. Dessa mesma forma, conheceram as leis que asseguram o ensino do conteúdo. Para os participantes, a Base Nacional Comum Curricular também representa um obstáculo, pois conta com informações pouco claras.

Segundo o relato dos professores, existe resistência em pesquisar, ensinar e até mesmo aprender sobre o assunto. De acordo com as conclusões do estudo, a maior questão ainda é o racismo, que afeta a estrutura social e o meio acadêmico. A comunidade escolar como um todo apresenta preconceito com os temas de matriz africana, o que dificulta ainda mais a expansão e implementação desse conteúdo.





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