A base de dados São Paulo em Teses mostra, por exemplo, que a maior parte das pesquisas sobre as cidades paulistas divulgadas como dissertação e tese se deu no campo disciplinar arquitetura e urbanismo (1.042), seguido por sociologia (866) e história (672). Também revelou alguns campos de estudo do urbano emergentes a partir dos anos 2000, como psicologia (133), ciência ambiental (126) e artes (103). Educação (485) e serviço social (280) pertencem a esta lista, mas só aparecem no ranking das disciplinas mais frequentes depois de 2005. Essa análise do eixo disciplinar trouxe à luz a diversidade das pesquisas sobre o urbano.
No eixo espacial, que seria a área do Estado de São Paulo, a direção é oposta. Percebe-se a prioridade da capital e sua região metropolitana como objeto dos estudos, algo que atravessa as décadas e se faz presente em todas as áreas do conhecimento: 44% das teses e dissertações tratam do município de São Paulo; 19%, do Estado paulista; 9%, da região metropolitana e 28% sobre os outros municípios do Estado – Campinas (340), São Carlos (141) e Santo André (107) são os principais.
Ao se observar a evolução das pesquisas por Áreas Temáticas (ATs), observa-se que, no período compreendido entre 1940-1980, as pesquisas focaram, principalmente, o tema Estrutura econômica e mercado de trabalho, seguido por Estrutura regional e metropolitana e Estrutura social. Já no período 1981-1999, a ênfase foi em Modo de vida, imaginário social e cotidiano, mas a AT Pobreza e desigualdade subiu uma posição em relação ao período anterior.
Entre 2000-2015, Modo de vida, imaginário social e cotidiano continua em primeiro lugar, mas há um crescimento significativo de trabalhos acerca de Relações étnico-raciais. As temáticas Espaço urbano e Políticas públicas superam Estrutura econômica e mercado de trabalho, que tinha dominado os períodos anteriores. Também há uma evolução da temática sobre Violência, que entre 1940 e 1969 não tinha sido tema central de nenhuma tese ou dissertação. Em 1970, aparecem cinco indicações bibliográficas sobre o tema, que dá um salto entre 1990 e 2000 – de 37 indicações para 183, mantendo certa estabilidade no período de cinco anos, entre 2010 e 2015, com 191 trabalhos.