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Krenak chega à Academia Brasileira de Letras e eterniza os povos originários na instituição – Jornal da USP

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“Nas últimas três décadas, Ailton Krenak foi arauto e comunicador entre mundos, pontuando, com suas palavras e ações, uma crônica altamente qualificada, já que enraizada na agenda política dos coletivos indígenas”, analisa Marta Rosa Amoroso, professora da FFLCH na área de etnologia ameríndia, lembrando a trajetória do escritor e ambientalista. Uma caminhada que, para a acadêmica, ilumina os sentidos do movimento indígena que compôs uma geração de lideranças indígenas investidas na construção de um projeto alternativo para os povos das florestas. 

Criando clareiras e abrindo caminhos entre os mais variados interlocutores, Krenak participou da criação da Aliança dos Povos da Floresta, em 1988, movimento pioneiro na discussão de educação diferenciada e de ações políticas de gestão das florestas a partir de modos indígenas e tradicionais. “Essa nova aliança se assentava nas dinâmicas de um processo de ‘civilização’ movido pelos povos indígenas em direção aos seringueiros e quilombolas moradores das florestas, que aprenderam e compartilharam com os povos indígenas ‘de uma memória muito forte da criação do mundo’, nas palavras do próprio Krenak”, resgata Marta. Ela explica que desde a década de 1970, os seringueiros lutavam pela criação das reservas extrativistas, mas as campanhas da Aliança dos Povos da Floresta se voltavam para os moradores dos centros urbanos, estratégia que visava engajar os segmentos urbanos em um projeto político seminal de proteção das florestas. “Ao mesmo tempo em que investia em dar visibilidade aos modos de vida dos habitantes das florestas”, conta.

Essa geração rejeitava políticas desenvolvimentistas do Estado e se articulava em torno de uma plataforma que reunia aqueles que compartilham, a despeito de suas diferenças, o entendimento de que a natureza é o lugar comum para esses povos viverem e construírem seus projetos de futuro. “[A mesma] geração de líderes que vem assistindo, nos últimos anos, à traição de seus projetos e ao gradativo desmonte dos pactos pela defesa dos povos indígenas. Que testemunhou, mais recentemente, a morte dos rios e o impacto desse ‘coma’ hídrico em que foram colocados os rios e suas gentes: indígenas, quilombolas, ribeirinhos. Aqueles que, nas palavras de Ailton, foram ‘divorciados do corpo do rio’”. 





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