Simeia de Mello Araújo, educadora do Museu Afro Brasil, também vê a parceria como um sucesso. “A gente veio para o projeto para compartilhar sobre educação plural e luta antirracista”, afirma. “É muito importante levar um pouco desse museu educador e do conhecimento que nele é produzido para as escolas”, completa.
A concretização do projeto é reflexo de uma mudança interna no MAE. “Quando trabalhava aqui, não tinha nenhuma pessoa negra. Fiquei emocionada em ver tantas quando voltei”, relata Judith, que se aposentou do museu há sete anos. Para Patrícia, a mudança não foi suficiente. “No MAE não tem nenhum professor e nenhum técnico negro. Falta gente negra no museu”, afirma a responsável pelo acarajé. Patrícia realiza pesquisas arqueológicas no Quilombo Maicá, em Santarém, no Estado do Pará.
“Ainda temos muito trabalho pela frente, mas espero que daqui a um ano a gente se reencontre para celebrar a finalização do kit”, conclui Carla.